Em 2020, Regina Duarte deixou de lado o seu trabalho na televisão, e o contrato com a Globo, para comandar a Secretaria Especial de Cultura do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Foram apenas dois meses a frente do cargo. A passagem dela foi marcada por polêmicas e duras críticas. Hoje, Regina afirma que não estava pronta para lidar com o meio político.
Um projeto que não deu certo
Em entrevista ao podcast de Leda Nagle, a atriz de 76 anos afirmou que não tinha preparo para assumir a pasta e que se sente frustrada por não ter feito mais pela classe artística.
“Meu interesse em fazer alguma coisa pela cultura do país fez com que eu assumisse uma coisa pela qual eu não estava preparada. Fiquei muito aliviada quando saí, mas muito triste pelo sonho que eu alimentei de fazer alguma coisa para a academia não ter sido concluído”, revelou.
“Eu passei a ser uma persona non grata”
Regina Duarte foi duramente criticada por colegas de profissão pelo apoio irrestrito que deu ao então presidente Bolsonaro. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, em novembro deste ano, ela disse acreditar que o afastamento dos colegas não foi de todo ruim.
“Fizeram muito bem em se afastar de mim, porque eu passei a ser uma persona non grata, uma pessoa que não agrega. Quem acha que a Regina pode agregar alguma coisa são os bolsonaristas, que estão comigo. Não tenho nenhum ressentimento com isso, acho que é um direito, mas tem uma confusão aí”, lamentou.
“Muitas vezes eu fui defenestrada por algumas pessoas porque elas não gostam do Bolsonaro. E eu não posso gostar? Elas querem me impedir de ser bolsonarista? É essa a ideia? Não é um tanto ditatorial? Essa é a pergunta que fica no ar”, questionou.
Hoje, longe da TV e do teatro, Regina Duarte se dedica às artes plásticas. Um vídeo seu pegando papelão na rua viralizou recentemente. Logo, ela explicou que aquilo fazia parte de seu mais novo trabalho.
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