Paraíso Tropical ganha sua primeira reprise na Globo nesta segunda-feira (27). A trama de 2007, com passagens pelo Canal Viva e pelo Globoplay, substitui Mulheres Apaixonadas (2003) em Vale a Pena Ver de Novo.
O folhetim de Gilberto Braga e Ricardo Linhares enfrentou alterações de elenco até chegar ao vídeo. Abaixo, nomes que foram cotados, mas ficaram de fora da produção.
Cláudia Abreu
Os autores esperavam contar com Cláudia Abreu como as gêmeas Paula e Taís, entregues a Alessandra Negrini. Gilberto pretendia unir duas personagens da atriz na mesma novela: Laura, vilã de Celebridade (2003), também escrita por ele, e Vitória, heroína de Belíssima (2005), assinada por Silvio de Abreu.
“Eu nunca tinha escrito gêmeas, e achei que ela faria muito bem. A sinopse ficou pronta, ela leu, adorou. Mas, quando íamos começar a gravar, a Cacau engravidou. Eu já tinha escrito uns cinco capítulos quando ela foi lá em casa me dizer que estava grávida. […] Foi um choque não poder contar com a Cláudia Abreu”, rememorou Braga em entrevista ao site Memória Globo.
“Ela tem o brilho, o close que eu queria para o final do primeiro capítulo, aquele rosto ensolarado que você podia acreditar que faria o rapaz se apaixonar à primeira vista. O final do primeiro capítulo, aquele amor à primeira vista, o encontro do Fabio Assunção (Daniel) com a heroína, a gêmea boa, dependia de uma cara como a dela. Era dificílimo substituir”, completou.
Para substituir Abreu, Giba cogitou Leticia Sabatella, comprometida com Páginas da Vida (2006), antecessora de ‘Paraíso’.
Selton Mello
O vilão Olavo Novaes, opositor de Daniel no grupo hoteleiro Duvivier, foi oferecido a Selton Mello. Longe das tramas de longa duração desde Força de um Desejo (1999), Selton voltou à carga apenas em 2021, com Nos Tempos do Imperador.
“Nunca cantei tanto um ator para fazer um trabalho meu quanto cantei o Selton. Mas ele não queria fazer novela, queria fazer cinema. No final, fiquei muito contente. Achei bonito e carinhoso da parte do Selton ele dizer que não deveria ter recusado o Olavo, apesar de ter precisado fazer isso: ‘Tenho pena de ter recusado, porque, vilão do Gilberto, um ator não deve recusar’”, relatou Gilberto Braga também ao Memória Globo.
Wagner Moura, celebrado pelo tipo maléfico, veio de uma sugestão do diretor artístico Dennis Carvalho, rechaçada pelo novelista no primeiro momento:
“Mas, quando o Dennis sugeriu o Wagner para o papel do Olavo, eu não gostei: ‘Ele não tem peitoral, não pode aparecer sem camisa. Se fosse para daqui a seis meses, ele poderia fazer musculação, mas ele tem um físico dos anos 1970, não tem tórax. Não quero um ator que não tem tórax’. […] O Dennis tinha razão. Claro, ele não precisa de tórax. Tem carisma, é um ator excepcional. É o que interessa. Eu é que não tinha captado isso”.
Mariana Ximenes
Outra escolha dos autores foi Mariana Ximenes, que, esgotada após emendar Chocolate com Pimenta (2003), América (2005) e Cobras & Lagartos (2006), pediu para descansar. O papel reservado a ela, Bebel, acabou nas mãos de Camila Pitanga. A atriz se tornou uma das preferidas de Gilberto e Ricardo Linhares – o trio se reencontrou em Insensato Coração (2011) e Babilônia (2015).
“Sempre achei Pitanga uma princesa, fina, elegante. Mas, olha, pelas cenas que eu já vi, ela está uma cachorra de primeira”, enalteceu Braga em matéria para o jornal O Globo.
Antonio Fagundes
O empresário Antenor Cavalcanti, proprietário do Duvivier, foi concebido para Antonio Fagundes, mas acabou com Tony Ramos. A figura durona, que traía a esposa Ana Luísa (Renée de Vielmond) com a advogada Fabiana (Maria Fernanda Cândido), era praticamente inédita na galeria de Tony, que também contracenou com Gloria Pires, a Lúcia, repetindo a parceria de Belíssima.
“Só trabalhei com o Tony numa minissérie [O Primo Basílio, 1988], sempre quis tê-lo numa novela. Finalmente, consegui, meio por acaso porque começamos a bolar o Antenor para o Antonio Fagundes. Gosto de escrever com certeza de que vou ter o ator e o diretor artístico da Globo, Mário Lúcio Vaz, disse que o Fagundes seria difícil porque ‘Carga Pesada’ está na grade este ano”, revelou Giba ao jornal O Estado de São Paulo.
Joana Fomm
Parceira de Gilberto Braga em Dancin’ Days (1978) e Corpo a Corpo (1984), e de Ricardo Linhares em Tieta (1989) e Fera Ferida (1993), sempre com megeras, Joana Fomm já havia gravado cenas de Paraíso Tropical quando precisou se afastar por questões de saúde. A veterana enfrentou um câncer de mama e, na sequência, descobriu uma doença neurológica, a disautonomia. Vera Holtz ocupou o posto de Joana como Marion Novaes.
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