No último dia 5, a novela De Corpo e Alma, escrita por Gloria Perez, completou 31 anos de seu término. Muitos se perguntam sobre o possível resgate da trama, marcada pela morte da jovem atriz Daniella Perez, no Globoplay.
A plataforma se posicionou a respeito em matéria de Vítor Antunes para o site Heloisa Tolipan. O folhetim exibido entre agosto de 1992 e março de 1993 será disponibilizado no streaming, mas ainda não há previsão para tal.
Gloria também se manifestou sobre. A autora afirmou que nunca houve qualquer conversa entre ela e a Globo para que a produção fique restrita ao arquivo.
Coisas do coração
De Corpo e Alma abordou assuntos fortes e pouco explorados até então, como o transplante de órgãos e a prostituição masculina.
A história girava em torno do juiz Diogo (Tarcísio Meira), casado com Antônia (Betty Faria), mas apaixonado por Betina (Bruna Lombardi). Esta acaba falecendo em um acidente de carro, para desespero de Diogo.
Em sua estreia na Globo, após quatro anos na Manchete, Cristiana Oliveira vivia Paloma, mulher com problemas cardíacos, à espera de um transplante de coração. Ela acaba recebendo o órgão de Betina.
Tempos depois, Paloma conhece o juiz, por quem se apaixona.
O strip-tease e os góticos
Um ponto polêmico que despertou a atenção do público para a novela envolveu o Clube das Mulheres, com homens que faziam strip-tease para espectadoras de várias idades –alguns caminhando para o mundo da prostituição.
O astro da boate era Juca (Victor Fasano), com quem Paloma se relacionava. Orientado por Vidal (Carlos Vereza), Juca desenvolveu um caso com rica Stella (Beatriz Segall), bem mais velha do que ele.
Gloria Perez também destacou a cultura gótica, bem distante da realidade brasileira. Reginaldo, papel que marcou a carreira de Eri Johnson, se vestia todo de preto, usava um corte de cabelo super diferente e vivia visitando cemitérios. O tema despertou a curiosidade em jovens que passaram a copiar o visual de Reginaldo.
Tragédia no horário nobre
No dia 28 de dezembro de 1992, Daniella Perez, a Yasmin, foi morta por Guilherme de Pádua, que vivia o Bira, namorado da bailarina. Guilherme contou com o auxílio da então esposa Paula Thomaz para cometer o crime.
Gloria, mãe de Daniella, se afastou temporariamente do enredo, que passou para as mãos de Leonor Bassères e Gilberto Braga. Eles foram os responsáveis pelo fim dos personagens – Yasmin foi para o exterior estudar e Bira sumiu do mapa.
Após a resolução, a autora voltou a escrever os capítulos, colocando mais dois assuntos importantes em pauta – a lentidão da Justiça e a inadequação do Código Penal. O folhetim seguiu seu rumo e chegou ao fim com 52,9 pontos de média geral.
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