O Globoplay cumpriu uma antiga promessa do SBT. Nesta segunda-feira (11), a plataforma de streaming deu início à disponibilização de A Intrusa, novela estrelada por Gabriela Spanic que o canal de Silvio Santos cogitou exibir diversas vezes.
A história do SBT e da Televisa, responsável pelos folhetins mexicanos, contempla vários títulos. Enquanto uns foram usados até a exaustão, casos de Maria do Bairro (1995) e A Usurpadora (1998), outros ficaram na gaveta.
Há também obras que foram exibidas, com relativo sucesso, mas nunca reapresentadas – mesmo com espaço disponível na grade. A coluna lista cinco tramas esquecidas pela emissora que o Globoplay poderia resgatar.
Sigo te Amando (1996)
Exibida em 2000 dentro da faixa Tarde de Amor, Sigo te Amando acompanha Luiza (Claudia Ramírez), pressionada pela avó Paula (Carmen Montejo) a se casar com Inácio (Sergio Goyri), credor da família. A mocinha cede após causar a queda de Inácio de um cavalo e vê-lo preso a uma cadeira de rodas por conta de uma cirurgia malsucedida realizada pelo irmão dela, Alberto (Juan Manuel Bernal).
Tempos depois, em busca de uma solução para os seus problemas de saúde, Inácio aciona o ortopedista Luiz Ângelo (Luis José Santander). Luiza se encanta pelo médico e é correspondida, o que incomoda Letícia (Olivia Collins), cunhada dela, também interessada em Luiz Ângelo.
Produção de Carla Estrada – de O Privilégio de Amar (1998) e Sortilégio (2009) – Sigo te Amando manteve os índices de Kassandra (1992), melodrama venezuelano que inaugurou a Tarde de Amor, e animou o SBT a investir na sessão.
Maria Isabel (1997)
Protagonizada por Adela Noriega, estrela mexicana que deixou as novelas há 15 anos, Maria Isabel foi escolhida pelo canal de Silvio Santos para substituir Sigo te Amando. O público ficou comovido com o dilema da indígena que faz das tripas coração para criar a filha de uma amiga que morre ao dar à luz. A produção conquistou a melhor média geral da Tarde de Amor, com 11,3 pontos.
Maria testemunha o amor de Graziela (Ilse) e Leonardo (Alejandro Aragón) e o tormento causado pela morte do engenheiro. Félix (Jorge Vargas), pai de Graziela, é quem articula o assassinato do pretenso genro. Revoltada, a moça foge na companhia de Isabel; após um parto difícil, ela deixa Rosa Isela aos cuidados da indígena.
Para garantir o sustento da menina, Maria Isabel se emprega na casa do milionário Ricardo (Fernando Carrillo). Apaixonados, os dois convivem com a rejeição do círculo social dele e de Rosa (Ximena Sariñana), pré-adolescente que despreza a mãe adotiva.
Camila (1998)
Camila repetiu o êxito da antecessora Maria Isabel. Adaptação de Viviana (1978), transmitida pelo SBT em três ocasiões entre as décadas de 1980 e 1990, a novela contou com o casal da vida real Bibi Gaytán e Eduardo Capetillo à frente do elenco. Bibi respondeu pela personagem-título, uma camponesa ludibriada por Miguel, papel de Capetillo.
Camila conhece Miguel durante a passagem dele pelo povoado em que ela vive com o avô, Genaro (Ignacio López Tarso). Os dois se casam sob os protestos de Genaro, que falece logo após tomar conhecimento do envolvimento de Miguel com outra mulher. Com a morte do avô, a protagonista parte atrás do marido.
Na capital, após tomar conhecimento da união de Miguel e Mônica (Adamari López), Camila busca formas de bancar o filho que espera. O destino a reaproxima do bígamo quando ela se emprega na casa dos pais de Mônica.
A Outra (2002)
A Outra ganhou as telas graças à interrupção dos trabalhos do departamento de dramaturgia do SBT, em 2004. O canal de Silvio Santos preparava uma versão nacional do texto, com Mel Lisboa. O projeto foi engavetado por causa da redução de custos determinada pelo patrão, que recorreu ao original legendado. E a audiência, habituada às adaptações como Marisol (2002) e Canavial de Paixões (2003), torceu o nariz.
A narrativa, contudo, é instigante. Bernarda (Jacqueline Andere) teme perder o controle da fortuna que o seu amante deixou para as duas filhas, Eugênia (Mercedes Molto) e Carlota (Yadhira Carrillo). Eugênia é envolvida num plano de vingança do suposto meio-irmão, Romano (Alejandro Ávila), enquanto Carlota se encanta por Álvaro (Juan Soler).
Tempos depois, Bernarda aproveita a morte de Eugênia para ludibriar Álvaro. Convencido diante do caixão fechado de que foi Carlota quem morreu, ele se deixa envolver por uma sósia dela, Cordélia (também Yadhira), de comportamento totalmente oposto.
Amor Real (2003)
Folhetim de época estrelado por Adela Noriega, Fernando Colunga e Mauricio Islas, Amor Real foi transmitido no Brasil em horário local, no primeiro semestre de 2004. Apesar do “desdém” da casa, o título se saiu bem, embalado pela reapresentação de Marimar (1994). Em 2017, o SBT apostou em uma versão contemporânea da obra, O Que a Vida me Roubou (2013).
A narrativa contempla Matilde (Adela Noriega), que, embora apaixonada por Adolfo (Mauricio Islas), acata o pedido da mãe, Augusta (Helena Rojo), e se casa com Manuel (Fernando Colunga). A jovem só aceita a união por acreditar que Adolfo a trai – uma armação de Augusta e de seu filho mais velho, Humberto (Ernesto Laguardia).
Matilde acaba se afeiçoando ao marido, para tristeza do ex, que se emprega na fazenda do rival para manter-se próximo da amada. Antônia (Chantal Andere), sempre apaixonado por Manuel, também constitui uma ameaça ao casal.
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