Vídeo Show faz falta às atrações da Globo

Emissora precisa de uma vitrine para os seus produtos

Miguel Falabella no comando do Vídeo Show (Divulgação / Globo)

A extinção do Vídeo Show completa cinco anos em janeiro. Extinção em termos. A Globo “diluiu” o programa na grade, entregando a cobertura televisiva às atrações da “super manhã”, ao Fantástico e ao Gshow. Tais formatos, porém, não cumprem a função como deveriam. A emissora não dispõe de uma boa vitrine para seus produtos.

É fato que o Vídeo Show chegou ao fim corroído pela concorrência com o quadro A Hora da Venenosa, do Balanço Geral, e pelas mudanças implementadas nos últimos anos, do editorial voltado para influencers ao comando de figuras pouco envolvidas com o meio televisivo e pouco próximas do público.

O formato tradicional, com os bastidores das novelas, o “lado B” dos artistas, a apresentação de caras novas e a agenda cultural, fez e faz falta. Miguel Falabella liderou os melhores anos do programa, explorando a afinidade dele com o ambiente artístico. André Marques e Angélica, nos anos 2000, e Otaviano Costa – especialmente na fase com Monica Iozzi – também se saíram bem.

Espaço necessário

Vídeo Show - Monica Iozzi e Otaviano Costa
Monica Iozzi e Otaviano Costa no Vídeo Show (Matheus Cabral / Globo)

Hoje em dia, o Encontro com Patrícia Poeta recebe o elenco para comentar as tramas em exibição, mas a pauta sempre divide espaço com o noticiário policial e outros temas em voga. O mesmo se dá no É de Casa. O Mais Você encaminha a discussão para a esfera pessoal – traço característico e interessantíssimo de Ana Maria Braga. O Fantástico reduz a repercussão de lançamentos e afins a matérias de cinco ou dez minutos.

O Gshow investe em pautas sobre os folhetins e demais programas, mas, evidentemente, não causa o mesmo impacto de uma abordagem na TV.

Em suma, o Vídeo Show era o melhor vendedor para os produtos que a Globo oferece ou já ofereceu – alguma dúvida de que a atração exploraria, e bem, os resgates do Globoplay? A queda de qualidade e a consequente fuga de audiência se acentuaram justamente quando o formato se distanciou do conteúdo da casa para apostar no humor e na repercussão das redes sociais.

O retorno, talvez com Tati Machado, que transita bem entre a televisão e a web, se faz necessário.

Escrito por Duh Secco

Sou apaixonado por TV e novelas desde a infância. Passei pelo blog Agora é Que São Eles e pelos sites Canal VIVA, RD1 e TV História. As análises, informações exclusivas e matérias sobre bastidores de produções do passado e do presente se estenderam às redes sociais. Agora, me dedico a um espaço próprio, sempre empenhado em levar o melhor do audiovisual aos que me acompanham.

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