Última semana: Meme de A Próxima Vítima agita redes sociais

Trecho de chamada da novela tem sido relacionado ao fim do ano

Aracy Balabanian como Filomena Ferreto em A Próxima Vítima (Nelson Di Rago / Globo)

Quem está de olho nas redes sociais certamente já se deparou com publicações sobre a novela A Próxima Vítima (1995).

Perfis e páginas de humor estão compartilhando um trecho da chamada da reprise do folhetim em Vale a Pena Ver de Novo, com “última semana” escrito em letras garrafais e o elenco caminhando em um cemitério.

O take caiu como uma luva nestes últimos dias de 2023. Logo, a sequência viralizou nas redes. Porém, muitas pessoas ainda não entenderam de onde vieram a imagem e a associação aos momentos finais do ano. Vamos explicar para você!

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A força das novelas na web

No X (antigo Twitter), uma cena de Por Amor (1997) na qual Virgínia (Ângela Vieira) dá um tapa na cara de Helena (Regina Duarte), com um letreiro escrito “segunda”, viralizou tempos atrás.

Essa foi a forma dos usuários mostrarem a chegada da segunda-feira, sempre pesada, após um final de semana de descanso.

Os recortes com as cenas e os anúncios são de chamadas das novelas como as que a Globo exibe até hoje. Terra e Paixão, por exemplo, já apresenta “últimas semanas” em seus anúncios – de forma minimalista, bem diferente do usual nos anos 1990.

Outros tempos…

Nas décadas passadas, era comum o GC (gerador de caracteres) ser grande e chamativo. O estilo das vinhetas e chamadas era outro na era Hans Donner, designer que fez história da Globo, bastante adequado às antigas TVs de tubo.

A tela não era grande. Logo, as emissoras exibiam mensagens em letras “garrafais” para que todos pudessem ler e saber que aquele capítulo seria exibido em tal dia da semana ou que a trama estava chegando ao fim.

Os editores escolhiam uma cena de impacto para que o anúncio ficasse mais eletrizante, deixando o público ansioso para acompanhar o folhetim.

Não eram apenas as novelas que buscavam a atenção do espectador. Quando um filme era exibido pela primeira vez na televisão, a palavra “inédito” ocupava a tela toda. Durante um jogo de futebol ou qualquer outro evento, o “ao vivo” era grafado da mesma forma.

Esses eram os artifícios para que o público ficasse atento durante os intervalos e tivessem noção da importância dos programas.

Hoje as coisas mudaram: a voz do locutor é mais suave e o letreiro é menor. Com a chegada de televisores de alta definição e tela ampla, o impacto vem mesmo das imagens, como no trailer de um filme.

Confira:

Escrito por Fabio Marckezini

Fabio Marckezini é jornalista e escreve sobre televisão desde 2017. No YouTube, ele resgata a história da televisão por meio de seu canal, o Arquivo Marckezini.

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