O Projeto Resgate do Globoplay oferece novelas, séries e minisséries que fizeram sucesso na tela da Globo. Em junho, a plataforma de streaming resgata Memorial de Maria Moura.
Marco da carreira de Gloria Pires, ‘Maria Moura’ completa 30 anos de término no próximo dia 17. A estreia no Globoplay vai se dar no dia 10.
Além de Gloria, a minissérie conta com Marcos Palmeira, Chico Diaz, Zezé Polessa, Cristiana Oliveira, Jackson Antunes, Bia Seidl, Kadu Moliterno, entre outros.
Faroeste brasileiro
Memorial de Maria Moura, baseado no livro homônimo de Rachel de Queiroz, foi um grande êxito da Globo em 1994. A minissérie bateu recordes de audiência graças ao texto de Jorge Furtado e Carlos Gerbase, ao elenco e à produção impecável, liderada pelo diretor Carlos Manga.
A trama acompanha as agruras de Maria Moura, que perdeu a sua família e as suas terras ainda jovem. Em busca de sobrevivência – e de vingança –, ela bate de frente com as próprias tragédias e vira líder de um bando que tem como missão recuperar a propriedade que foi tomada por seus primos Tonho (Ernani Moraes), Irineu (Otávio Müller) e Firma (Zezé Polessa).
‘Memorial’ representa um dos principais trabalhos de Gloria Pires, que abriu mão da vaidade e entrou de cabeça na vida da guerreira. Ela teve que fazer aulas de tiro ao alvo e equitação, além de um curso de sobrevivência na selva, para levar à tela o máximo de veracidade em suas cenas.
Autora exigente
A obra de Rachel de Queiroz foi lançada em 1992 e teve como inspiração uma mulher real, que juntou filhos e homens para fazerem assaltos por fazendas no Nordeste do século XVI. A adaptação fez o livro virar sucesso. Mesmo com a vendagem em alta, a minissérie não agradou totalmente Rachel.
“Eu exigi deles [da Globo] um atestado que dizia que era uma adaptação livre do original homônimo. Aceitei tudo porque eles pagavam in cash para a gente, e em dólar. De uma única vez, foram 60.000 dólares. Eles abusaram de duas coisas de que eu não gosto, sexo e violência, que não existem no meu romance”, declarou à revista Veja em 1996.
Outro ponto que a autora questionou foi a escalação de Gloria Pires para o papel principal. A ideia mudou assim que ela viu a minissérie no ar:
“Se não tinha o perfil, apossou-se dele!”
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