Gilberto Braga foi um dos maiores novelistas da televisão brasileira. Agora, sua história é contada em um livro, escrito por Artur Xexéo (morto em 2021) e Maurício Stycer. Gilberto Braga: o Balzac da Globo foi lançado no início deste ano.
Braga, que faleceu em 2021 aos 75 anos de idade, deixou alguns projetos prontos, mas ninguém sabe qual será o destino destes – todos concebidos para a Globo. O autor desenvolveu ao menos três textos.
Intolerância é uma espécie de releitura de Brilhante, novela exibida em 1981, muito afetada pela censura. A lista inclui também Feira das Vaidades, destinada ao horário das seis, inspirada em Vanity Fair, clássico da literatura britânica. Ainda, a minissérie sobre a história de Elis Regina.
Sem ressentimentos
Segundo Stycer, Braga não tinha nenhum problema com a Globo e entendia muito bem quando um projeto era arquivado.
“Não encontrei, em nenhum momento da pesquisa, qualquer pessoa falando que ele estava magoado com a Globo. Prevaleceu uma versão que é um pouco forçada. Óbvio que qualquer autor fica frustrado quando tem uma sinopse rejeitada ou que fica na gaveta. Mas casos como esses aconteceram em outros momentos”, afirmou o jornalista ao site NaTelinha.
“Como outros autores, ele teve sinopses rejeitadas e entendeu que isso era do jogo”, complementou.
Briga na justiça
Por enquanto, não há previsão quanto à produção de qualquer um dos enredos concebidos por Gilberto Braga.
Cabe lembrar que, segundo a Folha de São Paulo, o viúvo do escritor está processando a Globo. Edgar Moura Brasil exige uma indenização de R$ 290 mil referente à última parcela de um contrato firmado entre Braga e a emissora para a criação de novos projetos. O viúvo afirma que a empresa não pagou o valor final, que deveria ter sido disponibilizado logo após a morte do escritor.
Com essa briga na justiça, deve demorar para que qualquer obra inédita de Gilberto Braga seja realizada pela Globo…
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