Com Ricardo Linhares, Fuzuê reforça o que tem de melhor

Novela de Gustavo Reiz mantém história, mas muda forma de contar

Giovana Cordeira como Luna em Fuzuê (Reprodução / Globo)

Novela que a Globo exibe às sete, Fuzuê agora conta com o auxílio do experiente Ricardo Linhares. O autor está contribuindo com o também tarimbado Gustavo Reiz – de bons trabalhos no SBT e na Record.

Com Linhares, a trama reforçou características e enredos que, talvez, não estivessem suficientemente claros para o público. Bom supervisor que é, ele não modificou a história de Reiz; o que mudou foi a forma de contá-la.

Tudo às claras

Fuzuê - Lilia Cabral
Lilia Cabral como Bebel em Fuzuê (Reprodução / Globo)

A vilania de Preciosa (Marina Ruy Barbosa) foi acentuada. A aversão dela à mãe ganhou tintas mais fortes com a internação de Bebel (Lilia Cabral) em uma clínica de condutas e tratamentos questionáveis. O público viu algo que, até então, foi apenas insinuado – a empresária foi vítima do mesmo golpe, também articulado pela filha, no passado. Marina e Lilia, aliás, estão excelentes.

Luna (Giovana Cordeiro), capaz de ações heroicas até mesmo para com a inimiga, caiu na real após o roubo dos desenhos de sua primeira coleção de joias. A decepção com Miguel (Nicolas Prattes), que se rendeu ao beijo de Olívia (Jessica Córes), soou forçada, mas serviu para afastar o casal, feliz demais para quem ainda está longe do último capítulo.

A busca pelo tesouro escondido nos subterrâneos da Fuzuê ganhou força com a investida de Cecília (Cinnara Leal) contra Pascoal (Juliano Cazarré). A jornalista sabe que o assessor parlamentar, enquanto funcionário de César Montebello (Leopoldo Pacheco), forçou desapropriações e causou mortes, como a dos familiares dela e de Cata Ouro (Hilton Cobra).

Obra quase fechada

Fuzuê - Lilia Cabral e Marina Ruy Barbosa
Marina Ruy Barbosa (Preciosa) e Lilia Cabral (Bebel) em Fuzuê (Reprodução / Globo)

Todas essas cartas estavam na mesa desde o início. A consultoria de Ricardo Linhares fez com que Gustavo Reiz as desembaralhasse.

Aprovada antes da pandemia de Covid-19 e desenvolvida ao longo dos últimos anos, Fuzuê enfrentou uma situação parecida com as das novelas exibidas após a conclusão das gravações – Nos Tempos do Imperador, Um Lugar ao Sol e Quanto Mais Vida, Melhor!, todas de 2021. O gênero funciona melhor enquanto desenvolvido em paralelo às reações do público, a chamada “obra aberta”.

A trama das sete corrigiu a rota. É torcer para que reencontre, em breve, o caminho da audiência. Merece.

Escrito por Duh Secco

Sou apaixonado por TV e novelas desde a infância. Passei pelo blog Agora é Que São Eles e pelos sites Canal VIVA, RD1 e TV História. As análises, informações exclusivas e matérias sobre bastidores de produções do passado e do presente se estenderam às redes sociais. Agora, me dedico a um espaço próprio, sempre empenhado em levar o melhor do audiovisual aos que me acompanham.

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