Xica da Silva pode ganhar remake na Globo, afirma jornalista

Sucesso da Manchete marcou a carreira de Taís Araujo

Victor Wagner (João Fernandes) e Taís Araujo (Xica) em Xica da Silva (Divulgação / Manchete)

A Globo acertou em cheio ao fazer o remake de Pantanal (2022), um grande sucesso produzido pela Manchete em 1990. E, ao que tudo indica, a emissora já está de olho em outro clássico do extinto canal: Xica da Silva.

De escrava a rainha

Segundo Flávio Ricco, do portal R7, a Globo deseja acrescentar à fila de produções a novela que foi exibida entre 1996 e 1997 e que deu fôlego para a Manchete, após várias crises financeiras e de audiência.

Escrita por Adamo Rangel – pseudônimo adotado por Walcyr Carrasco, então contratado do SBT –, a trama conta a história de Xica (Taís Araujo), uma escrava que se casa com um dos homens mais ricos do país na era Brasil Colonial, João Fernandes (Victor Wagner), e consegue sua independência, impressionando todos que estão em sua volta.

Erotização

Taís Araujo viveu sua primeira protagonista com apenas 17 anos. Ela conquistou o público com sua desenvoltura e seu talento. Porém, a atriz enfrentou situações constrangedoras nos bastidores, principalmente pelas cenas de nudez que dominavam o enredo.

“A questão da nudez, então, tinha contagem regressiva no jornal e na televisão, era assim: ‘faltam cinco dias pra ela fazer 18 anos, faltam cinco dias pra você ver tudo’. Eram umas coisas medonhas e que eu via, mas olhando hoje em dia são coisas bastante sérias e graves”, lamentou em entrevista ao podcast Vênus, em abril deste ano.

Xica da Silva não chegou perto da Globo na audiência, mas ameaçou a vice-liderança do SBT em várias ocasiões. A novela foi o último grande sucesso da Manchete – também responsável por Dona Beja, cuja releitura estreia ano que vem, através da HBO Max.

Caso a Globo fique com o roteiro, terá a chance de reviver uma grande história e renovar esse marco da teledramaturgia brasileira.

Escrito por Fabio Marckezini

Fabio Marckezini é jornalista e escreve sobre televisão desde 2017. No YouTube, ele resgata a história da televisão por meio de seu canal, o Arquivo Marckezini.

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