Releitura de Renascer recupera capítulos perdidos em 1993

Personagem excluída da versão original vai marcar presença na novela de 2024

Humberto Carrão (José Inocêncio) e Duda Santos (Maria Santa) em Renascer (Fábio Rocha / Globo)

A nova versão de Renascer vai contar com uma primeira fase maior do que a da trama original. Assim, o autor Bruno Luperi atende ao desejo do avô Benedito Ruy Barbosa. Em 1993, Benedito ofereceu à Globo um prólogo de 30 capítulos. Após negociações, o novelista e a emissora fecharam em 12, depois reduzidos para 4. A previsão é que a etapa inicial do remake conte com 12 episódios.

Bastidores

O temor quanto à primeira fase extensa estava relacionado a Pantanal (1990). A trama da Manchete conquistou o público com o auxílio de Paulo Gorgulho, intérprete do protagonista José Leôncio na juventude. Os espectadores não reagiram bem à passagem de tempo e a consequente ausência de Gorgulho, que acabou voltando como Zé Lucas de Nada, primogênito de Leôncio (então Cláudio Marzo).

A Globo buscou evitar acontecimento semelhante com a diluição dos 30 capítulos da etapa inicial de Renascer em 12. O então vice-presidente de operações do canal José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, determinou a nova redução ao assistir as primeiras cenas. Ele não aprovou o tratamento dado às imagens, em um tom próximo ao de fotografias envelhecidas.

“Ele achou que ia ficar um pouco cansativo para o público. Mas como as imagens estão lindas, elas vão voltar como flashback dos personagens”, contou Ruy Barbosa ao jornal O Globo.

Novidades

A Força do Querer - Maria Fernanda Cândido
Maria Fernanda Cândido como Joyce em A Força do Querer (Divulgação / Globo)

Com o esticamento do prólogo de Renascer na releitura, Luperi recupera figuras e histórias que não chegaram a sair da sinopse do avô.

Caso, por exemplo, de Cândida (Maria Fernanda Cândido), fazendeira que acolhe José Inocêncio (Humberto Carrão / Marcos Palmeira) após ele ser escalpelado por jagunços.

Firmino (Enrique Diaz), outro tipo inédito, está ligado ao passado do vilão Egídio (Vladimir Brichta), vizinho e desafeto de Zé Inocêncio.

Vem aí… A Quinta

No Brasil, A Fazenda padece com a pior média parcial da história – apesar do sucesso de participantes como Rachel Sheherazade e Márcia Fu nas redes sociais. Em Portugal, o reality rural é a grande aposta da SIC para abrir vantagem sobre a principal concorrente, TVI.

O programa, realizado pela TVI em 2004, 2005 e 2015, migrou para o canal vizinho. A estreia de A Fazenda na SIC, por lá chamada de A Quinta, deve rolar assim que a concorrente concluir a mais recente temporada do Big Brother, nos últimos dias de dezembro.

Reverência

Juscelino Kubitschek e família
Juscelino Kubitschek, a esposa Sarah e as filhas Márcia e Maria Estela (Jean Manzon – Divulgação / Cultura)

A Cultura lança amanhã (25), 22h30, a série documental JK, O Reinventor do Brasil. A produção, roteirizada por Fernando Rodrigues e dirigida por Jarbas Agnelli, resgata a história de Juscelino Kubitschek, do nascimento à morte trágica (e jamais esclarecida).

Os quatro episódios compreendem, claro, o governo de JK e a fundação de Brasília.

“Apostamos numa linguagem pop, com narração em estilo de podcast, com o intuito de chamar a atenção dos mais jovens, que ainda não conhecem o Juscelino”, garante Fábio Chateaubriand Borba, idealizador da série.

JK, O Reinventor do Brasil contará também com exposições em várias capitais e o lançamento de uma fotobiografia.

Em alta

Sempre ligada a papéis cômicos, como a Jussara de Todas as Flores (2022), Mary Sheila entrou em Elas por Elas mergulhada no drama. E, boa atriz que é, já agregou valor à trama de Vic (Bia Santana) e Tony (Richard Abelha), abandonados quando pequenos pela mãe, Márcia (personagem de Mary), e criados pela madrasta Renée (Maria Clara Spinelli).

Em baixa

O desperdício de talentos em Terra e Paixão passa também pelos funcionários do bar Naitandei. Luana (Valéria Barcellos), Berenice (Thati Lopes), Zezinho (Marcio Tadeu) e companhia estão restritos à figuração em histórias que vão do nada para lugar nenhum, como o coral de Nice (Alexandra Richter) e o filme de Tadeu (Claudio Gabriel).

Escrito por Duh Secco

Sou apaixonado por TV e novelas desde a infância. Passei pelo blog Agora é Que São Eles e pelos sites Canal VIVA, RD1 e TV História. As análises, informações exclusivas e matérias sobre bastidores de produções do passado e do presente se estenderam às redes sociais. Agora, me dedico a um espaço próprio, sempre empenhado em levar o melhor do audiovisual aos que me acompanham.

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