Renascer: Globo espanta intolerância religiosa com novela ecumênica

Humberto Carrão e Bruno Luperi exaltam respeito à diversidade de credos

Humberto Carrão como José Inocêncio em Renascer (Fábio Rocha / Globo)

A releitura de Renascer, com estreia marcada pela Globo para 22 de janeiro, já mexe com os corações e mentes de todos. Além dos espectadores, o remake da trama de Benedito Ruy Barbosa comove também o elenco.

Humberto Carrão, que vai dar vida a José Inocêncio na primeira fase do folhetim, não esconde a emoção de fazer parte do time da adaptação de Bruno Luperi, com direção artística de Gustavo Fernandez.

“Uma novela rica, que tem rito, festa, macumba, um respeito pela religião afro-brasileira, africana. Uma novela que esbarra num mito. Imagina um personagem que tem pacto com o cramulhão, Deus e um jequitibá? Isso é muito assustador de poderoso”, exaltou Carrão na coletiva online realizada na última terça-feira (12).

Diversidade de credos

O respeito às religiões é intrínseco à narrativa de Renascer. Além do pacto de Zé Inocêncio com o jequitibá e o cramulhão, um diabinho preso na garrafa que desperta a curiosidade do catador de caranguejo Tião Galinha (Irandhir Santos), a trama traz a ancestralidade de Inácia (Edvana Carvalho) e a união do padre Santo (Chico Diaz) e do pastor Lívio (Breno da Matta) em prol dos moradores de Ilhéus, Bahia.

“Tem a potência da diversidade de credos, do respeito. Tem uma camada que a gente vai tocar muito de uma novela ecumênica mesmo. Inácia tem questões a serem desenvolvidas; o catolicismo através do Padre Santo se relaciona com essa mulher oprimida e reconhece a opressão, quase pedindo desculpas. Depois, uma vertente evangélica e o Rachid (Gabriel Sater / Almir Sater), que traz uma vivência de outra cultura”, adiantou Bruno Luperi.

Reverências ao clássico

Renascer - Antonio Fagundes
Antonio Fagundes como José Inocêncio em Renascer (Divulgação / Globo)

Humberto Carrão estará apenas nos 13 primeiros capítulos de Renascer. Logo depois, ele deixará o papel nas mãos de Marcos Palmeira.

Quando o original foi ao ar, em 1993, Humberto tinha apenas dois anos de idade. Ele viu a obra no Globoplay e trata com grande carinho o texto que foi estrelado por Leonardo Vieira e Antonio Fagundes.

“Tenho muito respeito, muita admiração pela versão de 1993. E tomara que a gente chegue perto. A gente vai trilhando os caminhos, dizendo sim, dizendo não, mas a gente precisa de sorte também, é uma sorte fazer esse personagem”, ressaltou.

Escrito por Fabio Marckezini

Fabio Marckezini é jornalista e escreve sobre televisão desde 2017. No YouTube, ele resgata a história da televisão por meio de seu canal, o Arquivo Marckezini.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

GIPHY App Key not set. Please check settings

Programa Silvio Santos - Luís Ricardo, Patricia Abravanel e Sérgio Mallandro

Com Patricia Abravanel, Programa Silvio Santos lidera audiência do SBT

Silvio Santos

Foto de Silvio Santos sem dentadura causa barulho na web