Símbolo da luta contra a Aids, Sandra Bréa será homenageada em série

Andréia Horta fará papel inspirado na artista

Sandra Bréa como Glória Müller em Bambolê (Divulgação / Globo)

Sandra Bréa (1952 – 2000) foi uma atriz de muitos talentos. Ela atuou em grandes sucessos da TV entre os anos 1970 e 1980 e, com sua beleza única, virou a musa de uma geração.

Agora, Sandra será lembrada em uma série, que terá Andréia Horta em um papel inspirado na luta da saudosa artista contra a Aids.

Em Máscaras de Oxigênio (não) Cairão Automaticamente, Horta viverá Andréia Brito, figura que terá referências a Bréa.

Assunto forte

Betinho - Andréia Horta
Andréia Horta como Nádia Rebouças em Betinho: No Fio da Navalha (Loiro Cunha / Globo)

Segundo Anna Luiza Santiago, do jornal O Globo, a HBO terá Johnny Massaro, Bruna Linzmeyer e Ícaro Silva à frente do elenco da série.

Máscaras de Oxigênio (não) Cairão Automaticamente abordará a epidemia de Aids que assolou o país entre os anos 1980 e 1990, tirando a vida de milhares de brasileiros.

Na época, não havia informações concretas sobre a transmissão, muito menos acerca dos remédios de combate à doença. Além disso, o preconceito afetava as pessoas que sofriam com a doença.

De peito aberto

Na produção, a personagem de Andréia Horta é uma artista famosa que anuncia ter Aids e enfrenta o preconceito e, principalmente, a forma jocosa como a doença era tratada no Brasil. A série vai usar entrevistas de Sandra Bréa, mostrando o lado real de sua luta.

Sandra era uma artista famosa, bonita e desejada. Ela, que sempre mostrou ser uma mulher à frente de seu tempo, decidiu anunciar que possuía o vírus HIV em uma breve entrevista ao jornal O Globo, em agosto de 1993.

A atriz descobriu a doença em 1991, após realizar uma transfusão de sangue. Desde então, Bréa se tornou um símbolo da resistência e da luta contra a Aids. Ela participou de campanhas e deu palestras, deixando de lado seu trabalho na TV.

A última aparição de Sandra Bréa em uma novela foi em Zazá, como ela mesma, falando sobre a doença. No dia 4 de maio de 2000, a artista nos deixou aos 48 anos, após enfrentar um câncer de pulmão.

Em uma de suas últimas entrevistas, ela demonstrou esperança:

“Quero dizer que me sinto tranquila. Quero que meu povo entenda que Aids não é morte… Arte é vida. Aids é ter a arte de saber como levar bonito o resto da sua vida até entregá-la a Deus”.

Escrito por Fabio Marckezini

Fabio Marckezini é jornalista e escreve sobre televisão desde 2017. No YouTube, ele resgata a história da televisão por meio de seu canal, o Arquivo Marckezini.

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