Band estuda retomar exibição de novelas e cogita parceria

Emissora não investe em folhetins próprios desde Água na Boca (2008)

Roger Gobeth (Fred) e Juliana Silveira (Flor) em Floribella (Divulgação / Band)

Globo, Record e SBT já se movimentam para as estreias na dramaturgia ao longo de 2024. Afinal, novela é o produto que mais agrada o público de TV aberta. Pensando nisso, a Band estuda retomar a exibição de produções do gênero.

A emissora do Morumbi não investe em folhetins desde a conclusão de Água na Boca, em dezembro de 2008. De lá para cá, apenas títulos importados passaram pela tela do canal, com destaque para os turcos e os portugueses.

A informação sobre o desejo da Band de ter novelas em sua grade de programação é do jornalista Flávio Ricco, do portal R7. A ideia é conquistar o público feminino e dar mais uma opção para os espectadores.

Será que vem aí?

Por enquanto, nada foi confirmado ou desmentido pela direção da emissora. Caso a Band volte a apostar no gênero, há as possibilidades de adquirir tramas no mercado externo ou fechar parcerias com produtoras.

A dramaturgia da Turquia, que tem tido êxito no streaming brasileiro, chegou por aqui através da Band, com Mil e Uma Noites (2006). A última investida em obras importadas se deu com a portuguesa Nazaré (2019), há três anos.

Outro caminho passa pelo acordo com profissionais independentes e, quem sabe, plataformas de streaming. A HBO Max, por exemplo, deve viabilizar na TV aberta as exibições de Beleza Fatal e Dona Beja.

Histórico

Agora é aguardar se, de fato, a Band tem projetos para a teledramaturgia neste ano, enlatada, em parceria ou própria. O que não falta no mercado são atores, autores e diretores prontos para trabalhar. Quem sai ganhando é o público, com mais uma opção na TV aberta.

Cabe lembrar que o canal tem estrada no gênero. Entre as décadas de 1970 e 1980, a rede de TV aproveitou o fechamento da Tupi para recrutar profissionais e lançar títulos como Cara a Cara (1979), Pé de Vento (1980), Cavalo Amarelo (1980) e Os Imigrantes (1981), o maior êxito do período.

Nos anos 1990, coproduções como Perdidos de Amor (1996), com a TV Plus, dividiram espaço com realizações da casa, caso de Serras Azuis (1998). O último sucesso por lá foi Floribella (2005), baseada em um original argentino.

Escrito por Fabio Marckezini

Fabio Marckezini é jornalista e escreve sobre televisão desde 2017. No YouTube, ele resgata a história da televisão por meio de seu canal, o Arquivo Marckezini.

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