SBT toma decisão envolvendo segundo horário de novelas

Os fãs das novelas do SBT terão que ter paciência: o segundo horário destinado à dramaturgia não sairá do papel tão cedo.

Há tempos, sites e portais anunciam que a direção do canal estuda criar uma produção voltada aos adultos, após às 21h.

A ideia envolvia a manutenção do público infantojuvenil, às 20h30, e uma nova opção para os espectadores e os anunciantes. Só que o projeto, por enquanto, não sairá do papel.

Nada feito

Segundo Flávio Ricco, do portal R7, o canal não tem planos para a implantação de uma segunda novela em 2024.

Para que isso fosse feito, seria necessário reformar e construir novos estúdios, além de contratar profissionais de bastidores e elenco.

Audiência em queda

No momento, o SBT segue apenas com as gravações de A Infância de Romeu e Julieta, que vão até abril.

A trama escrita por Iris Abravanel, e produzida em parceria com a Amazon, vai mal na audiência, o que preocupa a direção da emissora.

Talvez isso explique a indefinição quanto ao próximo título. Até o momento, nada se sabe sobre a substituta de ‘Romeu e Julieta’.

Uma história de altos e baixos

A rede de Silvio Santos sempre fez muito sucesso com novelas mexicanas e, nos anos 1980, apostou em textos latinos para as suas produções próprias. Com poucos recursos, a dramaturgia do SBT não ameaçava ninguém.

Foi em 1994, com Éramos Seis, que Silvio mostrou que não estava para brincadeira, colocando no ar uma produção de qualidade e com artistas consagrados. As Pupilas do Senhor Reitor (1994), Sangue do meu Sangue (1995), Razão de Viver (1996), Os Ossos do Barão (1997) e Fascinação (1998) foram os destaques desta fase.

Nos anos 2000, a estação voltou às origens, comprando roteiros da Televisa. Tudo mudou em 2008, quando o SBT colocou no ar Revelação, primeira empreitada de Iris Abravanel. O sucesso mesmo veio em 2012, com a adaptação de Carrossel (Televisa, 1989). Desde então, o canal mira no público infantojuvenil, que sempre respondeu com boa audiência.

Agora, o jogo mudou. É preciso agir antes que a dramaturgia volte a ser uma pedra no sapato…