No último dia 18, o SBT colocou no ar o Tá na Hora, apresentado por Christina Rocha e Marcão do Povo. A expectativa era grande em torno da atração que pretende salvar as tardes do canal.
Muitos acreditavam que o programa seria um remake do Aqui Agora, noticiário que revolucionou a linguagem jornalística no início dos anos 1990.
O Tá na Hora passa bem longe disso. O formato investe em matérias populares, mas com uma movimentação grande, saindo da rota dos telejornais que estão no ar.
Dinâmico e diferente
O diferencial que o Tá na Hora traz são as entrevistas no palco – Ana Carolina Oliveira, mãe da garota Isabella Nardoni, morta em 2008 pelo pai e pela madrasta, comentou uma matéria feita no dia da estreia.
Márcia Fu e Toninho Tornado no metrô de São Paulo, bem na hora de pico, foi outra boa sacada da atração. O mesmo para Márcia trocando canais das TVs de estabelecimentos comerciais.
Matérias especiais e exclusivas fizeram os espectadores abandonarem o Brasil Urgente, de José Luiz Datena, na Band, o grande prejudicado pela aposta do SBT.
É claro que o jornal apela para o sensacionalismo – uma matéria sobre a mulher que teve as roupas íntimas roubadas do varal e um comentarista, Macedão, batendo com um chinelo na mesa mostram que o popularesco segue vivo. O programa conseguiria viver bem sem esse tipo de conteúdo.
Factual de lado
A grande falha do Tá na Hora, até o momento, é não olhar para a concorrência. Quando o jogador Robinho foi preso, o noticiário não focou no caso, dando de bandeja o assunto para o Brasil Urgente e o Cidade Alerta, que já tem anos de experiência nesse tipo de cobertura. O SBT acabou amargando o quarto lugar.
O importante foi que a emissora de Silvio Santos trouxe uma nova opção ao público, apostando no jornalismo, algo que não é comum na casa.
Para o bem ou para o mal, Tá na Hora pode ser uma saída para a crise do SBT.
GIPHY App Key not set. Please check settings