A segunda fase de Renascer está com tudo! A partir desta quarta-feira (21), a novela contará com um personagem que marcou a primeira versão, de 1993: Tião Galinha.
Irandhir Santos dará vida ao catador de caranguejo que sonha em vencer na vida e, por isso, correrá atrás de José Inocêncio (Marcos Palmeira).
Osmar Prado respondeu pelo papel no original, tornando-se um dos personagens mais importantes na história de Benedito Ruy Barbosa, agora atualizada por Bruno Luperi.
O destino de Tião, lamentavelmente, seguiu um rumo diferente por conta de um desentendimento entre o ator e a direção da Globo.
Um inocente sonhador
Naquela época, Osmar Prado já era um ator respeitado e com um currículo de dar inveja. Ele ficou responsável por viver o personagem que era explorado pelo chefe, Teodoro (Herson Capri) – agora chamado Egídio (Vladimir Brichta).
Tião Galinha acreditava que o sucesso de José Inocêncio (então Antonio Fagundes) estava ligado ao “diabinho” que o produtor de cacau guarda dentro de uma garrafa.
Na esperança de ficar rico e poderoso igual Inocêncio, Tião andava com uma galinha pra cima e pra baixo, na esperança dela botar o ovo com o “cramulhão”. O personagem não demorou para se tornar um marco na carreira de Prado.
Briga no meio da trama
A sinopse de Benedito Ruy Barbosa previa a morte de Tião Galinha, mas o desfecho teve de ser antecipado após o ator brigar com um executivo da Globo.
“Durante a novela tive um embate com um executivo da Rede Globo e eu pedi pra sair, pra antecipar a morte do Tião, com ele no auge”, contou Osmar Prado em entrevista ao programa Grandes Atores, do Canal Viva, em 2015.
Benedito adiantou a morte de Tião, que tirou a própria vida. Osmar não gostou da forma como o fim de seu personagem foi escrita e pediu que ele tivesse uma despedida mais “contundente”.
“Falei para o Luiz Fernando Carvalho (diretor) que a cena não estava completa. Como que esse personagem, com tanta força, vai se matar por nada? Disse que queria uma bofetada na minha cara, bater em uma pessoa digna”, relatou.
Preso, Tião foi espancado e humilhado. A honra do personagem falava mais alto e, como não havia a chance de revidar, ele optou por acabar com a própria existência. Foi assim que um dos papéis mais importantes do veterano saiu de cena.
Novos caminhos
Na época, o ator saiu da Globo e assinou com o SBT para atuar em Éramos Seis (1994). Ele também esteve presente em Sangue do Meu Sangue (1995) – na pele do vilão Clóvis –, Brava Gente (1996) e Teleteatro (1998).
Osmar Prado saiu da emissora de Silvio Santos quando este optou por voltar o departamento de dramaturgia para adaptações de textos latinos.
A volta para a Globo foi como Barnabé de Barros, em Meu Bem Querer (1998). Até o momento, o último papel de Prado na emissora foi o Velho do Rio, no remake de Pantanal (2022).
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