Releitura de Elas por Elas foge de deslize da versão original

Ajuste na nova versão visa explorar todas as possibilidades da trama original

Isabel Teixeira (Helena), Thalita Carauta (Adriana), Deborah Secco (Lara), Mariana Santos (Natália), Maria Clara Spinelli (Renée), Késia (Taís) e Karine Teles (Carol) em Elas por Elas (João Cotta / Globo)

A releitura de Elas por Elas, que substitui Amor Perfeito no próximo dia 25, preserva a estrutura do original de Cassiano Gabus Mendes. O desenrolar da narrativa, porém, será bem diferente. Os autores Alessandro Marson e Thereza Falcão vão explorar entrechos desperdiçados na primeira versão.

O fim como recomeço

Elas por Elas - Aracy Balabanian e Eva Wilma
Márcia (Eva Wilma) e Helena (Aracy Balabanian) em Elas por Elas (Nelson Di Rago / Globo)

Trama de sucesso das sete, Elas por Elas contou com três arcos dramáticos: a busca de Mário Fofoca (Luis Gustavo) por Patinha, apelido da amante do falecido marido de Márcia (Eva Wilma); a troca dos bebês de Helena (Aracy Balabanian) e Adriana (Esther Góes); e a investigação de Natália (Joana Fomm) sobre a morte do irmão.

As resoluções de tais histórias ficaram para a última semana e envolveram poucos personagens. A frustração do público, certamente, foi similar à causada por Um Lugar ao Sol (2021), folhetim de Lícia Manzo que não entregou cenas aguardadas pelo público, como a descoberta de Bárbara (Alinne Moraes) sobre a verdadeira identidade do marido Renato / Christian (Cauã Reymond).

“A gente notou vendo a original que muitas coisas não tinham consequências. A descoberta da Patinha era no último capítulo, a descoberta da troca de bebês era praticamente no último capítulo e não acontecia nada a partir disso porque acabava a novela”, lamentou Alessandro Marson durante a coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (4), quando questionado sobre a adaptação pelo pesquisador Nilson Xavier.

“Algumas dessas coisas a gente vai adiantar e ver as consequências, o que vai fazer um exercício bem interessante e, pro horário das seis, extremamente necessário. O horário das seis pede um mergulho na emoção maior que o das sete. […] Com esses ajustes temporais, em algum momento, a trama vai ganhar novo fôlego”, adiantou o autor.

Mudanças necessárias

Alessandro Marson e Thereza Falcão
Alessandro Marson e Thereza Falcão (João Cotta / Globo)

Outra modificação atende à faixa de exibição. Para atingir em cheio o público das seis, os responsáveis pela nova Elas por Elas optaram por intensificar o romance e o drama, conforme adiantou Thereza Falcão:

“É uma releitura que mantém o espírito da novela original. Um espírito leve, de comédia… A gente trouxe mais complexidade às tramas individuais. Vamos ter mais romance, porque é uma novela das seis. Estamos adensando romances, conflitos dramáticos como paternidade e maternidade desconhecidas e o mistério que permeia a novela toda, o ‘quem matou Bruno (Luan Argollo)?’”.

A necessária adequação aos dias atuais também contribuiu para o enredo.

“Em 40 anos, a relação das mulheres com o mundo, como elas são vistas e como elas querem ser vistas, mudou bastante. Elas são mulheres multitarefas como são as mulheres de hoje. Isso trouxe outras características à trama”, destacou a autora.

Nova novela das seis

Elas por Elas tem início com o reencontro de sete amigas de adolescência. Lara (Deborah Secco), responsável por promover a reunião, busca descobrir quem era a amante do falecido marido, Átila (Sergio Guizé). Para tal, ela aciona o detetive Mário Fofoca (Lázaro Ramos), que sequer imagina que a mulher que tanto procura, conhecida apenas como Patinha, é sua irmã Taís (Késia).

Já Helena (Isabel Teixeira) teme a reaproximação com o grupo. Ela deseja manter o marido Jonas (Mateus Solano) longe de Adriana (Thalita Carauta), de quem ele foi noivo. O que nem Helena, nem Adriana imaginam é que os filhos delas, Giovani (Filipe Bragança) e Ísis (Rayssa Bratillieri), estão se relacionando.

Ainda, a investigação de Natália (Mariana Santos) sobre a responsável pela morte do irmão Bruno, atribuída por ela a uma das amigas. Também a luta de Renée (Maria Clara Spinelli), uma mulher trans, para recomeçar a vida e os negócios após tomar um golpe do marido, e a solidão de Carol (Karine Teles), que sempre se dedicou apenas aos estudos e ao trabalho.

Escrito por Duh Secco

Sou apaixonado por TV e novelas desde a infância. Passei pelo blog Agora é Que São Eles e pelos sites Canal VIVA, RD1 e TV História. As análises, informações exclusivas e matérias sobre bastidores de produções do passado e do presente se estenderam às redes sociais. Agora, me dedico a um espaço próprio, sempre empenhado em levar o melhor do audiovisual aos que me acompanham.

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