Quando foi criado o Carnaval Globeleza?

Concorrência com a Manchete levou à mudança na folia da Globo

Valéria Valenssa no Carnaval Globeleza (Divulgação / Globo)

Há muitas décadas, o Carnaval rola solto na Globo! A emissora sempre deu destaque aos desfiles das escolas de samba de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Entre os anos 1980 e 1990, a grande rival da líder de audiência era a Manchete, que fazia uma extensa cobertura da maior festa popular do Brasil. Em meio à concorrência, nasceu o Carnaval Globeleza, que segue no ar.

A Globo acompanhava o Carnaval desde 1966. Ao longo dos anos, o canal usou a festa para apresentar novas tecnologias – em equipamentos e efeitos visuais, como as aberturas com a assinatura de Hans Donner, que apostava na beleza feminina e em desenhos futuristas.

Concorrência forte

Com o avanço da Manchete na cobertura da folia, a Globo decidiu fazer algo mais popular e criou um tema musical em 1989. “A Globo é, samba no pé” apresentava uma linguagem próxima do povo; o clipe trazia mulheres dançando ao lado dos integrantes de uma escola de samba.

Em 1990, a música mudou. A vinheta de “a Globo faz escola no carnaval deita e rola” contava com várias mulheres seminuas. Uma delas era Valéria Valenssa, que, logo depois, se tornaria musa da festa.

No ano seguinte, foi criado o termo Globeleza. Com o slogan “Carnaval na Globo é Globeleza!” e a música Samba da Globo, composta por Jorge Aragão e Franco Lattari, a rede de TV criava uma marca própria, que caiu no gosto do público.

A mulher símbolo do Carnaval

Em 1993, veio a ideia de ter uma personagem à frente da vinheta. No caso, a Globeleza. Valéria formou parceria com Hans Donner, que escolheu ela como a musa da folia global e também como sua esposa.

Valenssa passou 12 anos sambando na tela da Globo. Em 2006, ela saiu de cena e Giane Carvalho ficou em seu lugar. No ano seguinte, Aline Prado assumiu o posto, passando o bastão para Nayara Justino em 2014. A última Globeleza foi a modelo Erika Moura, que apareceu nas vinhetas entre 2015 e 2020.

Hoje, a Globo aposta na voz de nomes consagrados, como Alcione e Ludmilla neste 2024, e em cenas dos desfiles. A festa continua e todo mundo se vê na tela da emissora, que mantém a exclusividade nas transmissões do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Escrito por Fabio Marckezini

Fabio Marckezini é jornalista e escreve sobre televisão desde 2017. No YouTube, ele resgata a história da televisão por meio de seu canal, o Arquivo Marckezini.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

GIPHY App Key not set. Please check settings

Que Rei Sou Eu? - Edson Celulari

Clássico do horário das sete, Que Rei Sou Eu? completa 35 anos

Deborah Secco - Suzana Alves

Deborah Secco reverencia Tiazinha, símbolo da TV dos anos 1990