Quais novelas a Globo reprisou antes do Vale a Pena Ver de Novo?

Os nascidos nas décadas anteriores à de 1980 ficaram frustrados com o mais novo viral do X, antes Twitter. É que os noveleiros das redes sociais estão compartilhando os títulos exibidos no Vale a Pena Ver de Novo na ocasião de seus nascimentos.

A sessão de reprises da Globo ganhou esse nome em 1980. No entanto, a emissora reapresentava tramas no período vespertino desde o final dos anos 1960. O site Duh Secco resgata os folhetins e as curiosidades da época no especial abaixo. Confira!

Os primeiros registros de repetecos à tarde datam de 1969. Os capítulos de A Grande Mentira (1968) e Rosa Rebelde (1969) exibidos às sete e às oito da noite eram retransmitidos no dia seguinte, entre 12h30 e 13h30. Não é possível precisar datas de estreia e término destas reprises, já que a programação ainda não era unificada – os lançamentos não aconteciam no mesmo dia, muitos sequer ocorriam, em todos os estados.

Clássico da Excelsior na Globo

Após a conclusão de ‘Rosa’, a faixa seguiu apenas com obras das 19h: A Cabana do Pai Tomás (1969), Pigmalião 70 (1970) e A Próxima Atração (1970).

No início de 1971, ‘Próxima Atração’ passou a ser antecedida por A Pequena Órfã (1968), produzida pela Excelsior – rede de TV extinta no ano anterior. ‘Pequena Órfã’ ganhou, inclusive, uma nova abertura, com direito à participação de Gloria Pires então menina.

Com o término das duas novelas, o horário foi entregue a Meu Pedacinho de Chão (1971), coprodução Globo – Cultura cujos episódios inéditos iam ao ar às 18h.

Depois da trama de Benedito, a Globo escalou O Primeiro Amor, título das sete. A emissora passou então a trabalhar com folga: o enredo de Walther Negrão lançado em janeiro de 1972 foi reprisado a partir de maio do mesmo ano. Por consequência, essa distância entre a transmissão da noite e a da tarde foi mantida em Uma Rosa com Amor (1972) e Carinhoso (1973).

Jornal Hoje entre um sucesso e outro

Em junho de 1972, os folhetins das seis também ganharam uma janela vespertina. Bicho do Mato (1972) e A Patota (1972) iam ao ar antes do Jornal Hoje; as produções das sete entravam depois do noticiário.

Com a interrupção dos trabalhos do núcleo das 18h após ‘Patota’, o horário dos repetecos foi coberto pela série Tarzan.

No primeiro semestre de 1974, assim que concluiu Carinhoso, a Globo trocou as reexibições de novelas por séries e filmes, com destaque para A Feiticeira, A Noviça Voadora, Júlia, Família Dó-Ré-Mi e Jeannie é um Gênio.

Da primeira metade dos anos 1970, apenas as tramas das dez, as das oito posteriores a Rosa Rebelde e Minha Doce Namorada (1971), das sete, não foram repostas à tarde.

Às vésperas da estreia do ‘Vale a Pena’

A volta do gênero favorito dos espectadores às tardes se deu em março de 1976. A princípio, apenas com obras do recém-retomado horário das seis. Helena (1975), Senhora (1975), O Noviço (1975), A Moreninha (1975), Vejo a Lua no Céu (1976), O Feijão e o Sonho (1976) e Escrava Isaura (1976) praticamente repetiram a sequência da faixa original; a diferença ficou por conta da inversão de Senhora e O Noviço.

O primeiro clássico das 19h a figurar às 13h30 neste novo momento foi também o de maior audiência na década de 1970 e o pioneira do “a cores” no horário: Locomotivas (1977), de Cassiano Gabus Mendes. Na sequência, outro repeteco de Carinhoso, Estúpido Cupido (1976) e À Sombra dos Laranjais (1977).

O nome Vale a Pena Ver de Novo foi atribuído à sessão com o retorno de Dona Xepa (1977). Conforme relatado em matéria de Bruno Weikersheimer e Juliana Lessa para o Gshow, a Globo adotou tal título para diferenciar as reexibições da tarde das ocorridas de manhã, dentro do quadro Novela, do TV Mulher. Antes, o canal usava ‘Vale a Pena’ em um espaço destinado a reprises de jornalísticos, nos fins de semana.

Abaixo, a relação de novelas reprisadas pela Globo à tarde, antes do Vale a Pena Ver de Novo. As datas, aproximadas, foram extraídas do jornal O Globo e correspondem às transmissões no Rio de Janeiro.

A Grande Mentira: novembro de 1968 a janeiro de 1970, 13h.

Rosa Rebelde: julho de 1969 a fevereiro de 1970, 13h30.

A Cabana Do Pai Tomás: registros apenas entre janeiro a abril de 1970, 12h.

Pigmaleão 70: 8 de abril a 11 de dezembro de 1970, 12h30.

A Próxima Atração: dezembro de 1970 a meados de 1971, 12h30 e depois 13h.

A Pequena Órfã: 1971, 12h30

Meu Pedacinho de Chão: meados de 1971 a 9 de maio de 1972, 13h30.

O Primeiro Amor: 10 de maio de 1972 a 20 de março de 1973, 13h30.

Bicho do Mato: 12 de junho a 29 de dezembro de 1972, 12h30.

A Patota: 2 de janeiro a 30 de março de 1973, 12h30.

Uma Rosa Com Amor: 21 de março a 30 de novembro de 1973, 13h30.

Carinhoso: 3 de dezembro de 1973 a 4 de março de 1974, 13h30.

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Helena: 8 de março a 2 de abril de 1976.

Senhora: 5 de abril a 23 de julho de 1976.

O Noviço: 26 de julho a 20 de agosto de 1976.

A Moreninha: 23 de agosto a 10 de dezembro de 1976.

Vejo a Lua no Céu: 13 de dezembro de 1976 a 29 de abril de 1977.

O Feijão e o Sonho: 2 de maio a 26 de agosto de 1977.

Escrava Isaura: 29 de agosto de 1977 a 16 de janeiro de 1978.

Locomotivas: 17 de janeiro a 19 de setembro de 1978.

Carinhoso: 20 de setembro de 1978 a 18 de maio de 1979.

Estúpido Cupido: 21 de maio de 1979 a 4 de janeiro de 1980.

À Sombra dos Laranjais: 7 de janeiro a 2 de maio de 1980.