Globo compensa perda de dinheiro na TV paga com lucros no streaming

Globoplay e Premiere impulsionaram ganhos da empresa

Regina Casé como Zoé em Todas as Flores (Manoella Mello / Globo)

Desde 2020, as emissoras de TV passam por uma grande crise financeira. Artistas foram demitidos ou tiveram salários reduzidos; programas e eventos cancelados. Até a Globo teve que pisar o pé no freio.

No entanto, 2023 deu um certo alívio para a líder de audiência, que, mesmo com os problemas na TV por assinatura, vai fechar o ano de forma positiva.

No azul

Segundo a nota escrita por Paulo Marinho, principal executivo da Globo, e divulgada pelo site Notícias da TV, a empresa ganhou R$ 4,03 bilhões no terceiro trimestre deste ano, um aumento de 6% referente a 2022.

O que ajudou no crescimento foram os eventos esportivos, os direitos das transmissões e os serviços.

A decadência da TV a cabo

O prejuízo da Globo vem da TV por assinatura, que, a cada ano que passa, perde assinantes por causa do streaming, que cresce cada vez mais no Brasil. Aliás, o Globoplay, com resgates de clássicos e originais como a novela Todas as Flores, vem ajudando a emissora. O mesmo para o Premiere, voltado para o futebol.

“Apesar da tendência declinante das receitas de TV paga, o resultado de vendas do Globoplay e do Premiere, cujas bases cresceram 12% e 57%, respectivamente, contribuiu de forma relevante para o conjunto das receitas de conteúdo”, escreveu Marinho.

Apertando o cinto

O que também ajudou a Globo a ter um ano melhor foram os cortes de gastos realizados ao longo do ano. Artistas perderam contratos longos e milionários, transmissões esportivas foram feitas diretamente dos estúdios e o jornalismo tem trabalhado cada vez mais com uma equipe enxuta e pessoas novas, já que vários “medalhões” foram desligados.

“Os custos de vendas e despesas totalizaram R$ 3,64 bilhões no terceiro trimestre de 2023. Resultado que demonstra estabilidade dos nossos gastos, quando comparamos com o mesmo período do ano passado, em que registramos R$ 3,65 bilhões. Em um cenário econômico bastante desafiador, como o que vivemos, conseguir equilibrar nosso orçamento e mantê-lo sob controle comprova nossa maturidade com o tema”, analisou o executivo.

Agora é aguardar os planos da Globo para 2024. O novo tempo já começou!

Escrito por Fabio Marckezini

Fabio Marckezini é jornalista e escreve sobre televisão desde 2017. No YouTube, ele resgata a história da televisão por meio de seu canal, o Arquivo Marckezini.

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